domingo, 29 de abril de 2012

Inocência sutil



 

Maldita seja a tua chama,

que permite aos inocentes palavras doces.

Pois esse véu límpido cobre tua vergonha,

mas não esconde teus desejos de mulher insana.

 

Apressa-te, cigana oblíqua

espalha aos ventos tua luxúria.

Pobres almas as que possuem essa labareda

na qual teu espírito habita.

 

Teu corpo seduz como um encantamento maligno,

teus sussurros enfeitiçam e cativam um infeliz.

Espírito errante, roga ao Criador!

Talvez ele ainda conceda perdão aos ímpios.



Leila Andrade

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