Maldita seja a tua chama,
que permite aos inocentes palavras doces.
Pois esse véu límpido cobre tua vergonha,
mas não esconde teus desejos de mulher insana.
Apressa-te, cigana oblíqua
espalha aos ventos tua luxúria.
Pobres almas as que possuem essa labareda
na qual teu espírito habita.
Teu corpo seduz como um encantamento maligno,
teus sussurros enfeitiçam e cativam um infeliz.
Espírito errante, roga ao Criador!
Talvez ele ainda conceda perdão aos ímpios.
Leila Andrade
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