terça-feira, 13 de abril de 2010

Ser comum


As paredes limitam as razões
que modifcam meu ser.
Minhas vias são paralelas,
mas emolduradas pela lógica comum.


E, se troco as cores, arrancam os pincéis
porque o traçado pode marcar alguém,
gente, juízos
distintos do indivíduo eu, meu alguém.


Mas, as borboletas nunca ficam presas aos seus casulos.


Leila Andrade

Miragem


Os olhares são sempre trapaças
na falta de privacidade imposta ao ser.
Parece que ninguém é, parece que todos são.
Somos todos caras-amarras
com dores presas,
pontos cirúrgicos inflamados, semiabertos,
na momentânea passagem mal vivida.



Leila Andrade